- Os times não aceitavam jogadores negros no início da história do futebol no Brasil. Os atletas driblavam a proibição alisando o cabelo e cobrindo o rosto com pó-de-arroz para se passarem por brancos. Um dos exemplos mais famosos desta prática é o jogador do Fluminense Carlos Alberto. Durante uma partida de seu clube contra o América, pelo Campeonato Carioca de 1914, a maquiagem que usava começou a escorrer, revelando sua verdadeira cor. A torcida adversária não perdoou e lhe atribuiu o apelido de "Pó-de-Arroz" — que acabou sendo dado também ao tricolor carioca.
- No final da década de 1910, foi organizada no Rio Grande do Sul a Liga da Canela Preta. O órgão promovia disputas entre times formados apenas por negros. Como resposta, a liga "branca" criou em 1922 uma segunda divisão, em que permitia a participação de jogadores mulatos em campeonatos.
- O primeiro grande time a admitir atletas negros em seu elenco foi o Bangu. Em 1905, um anos após sua fundação, contratou o jogador Francisco Carregal. O Grêmio, por exemplo, demoraria 47 anos para comprar o passe do jogador Tesourinha, primeiro atleta negro do clube. Já o primeiro time a vencer uma competição com uma maioria de negros e mestiços foi o Vasco da Gama. Trata-se do Campeonato Carioca de 1923.
- No início de sua carreira no clube espanhol Barcelona, o camaronês Eto’o era alvejado por bananas toda vez que pegava na bola.
- Em 2004, os jogadores Juan e Roque Júnior foram ofendidos pela torcida do Real Madrid. Eles defendiam o clube alemão Bayer Leverkussen na Copa dos Campeões. Toda a vez que pegavam na bola, os entusiastas do time adversário imitavam macacos. O Real Madrid acabou sendo obrigado a pagar 10 mil euros de multa pela agressão.
- O mesmo ocorreu com o jogador Roberto Carlos, também em 2004. Toda vez que ele e os outros jogadores negros do Real Madrid pegavam na bola em um jogo contra o Atlético de Madrid. O clube dos ofensores foi multado em 600 euros.
- Em 2006, o jogador sérvio Nikola Mijailovic, do Wisla Cracóvia, recebeu punição de cinco jogos por ter feito insultos racistas ao jogador sul-africano Benni McCarthy, do Blackburn. O fato aconteceu durante uma partida pela Copa da Uefa.
- No dia 15 abril de 2010, o Palmeiras venceu o Atlético-PR por 1 x 0, no jogo de ida pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Durante a partida, os zagueiros Manoel, do Atlético-PR, e Danilo, do Palmeiras, trocaram agressões no primeiro tempo – Manoel teria dado uma cabeçada em Danilo, que revidou cuspindo no rosto do adversário. Em seguida, Danilo se referiu ao outro jogador como “seu macaco do c...”. Do Palestra Itália, Manoel e um diretor da equipe, Ocimar Botelho, foram direto para o 23º Distrito Policial para registrar um boletim de ocorrência.
- Também no dia 15 de abril de 2010, durante o Torneio Clausura argentino, o zagueiro colombiano Breyner Bonilla, do Boca Juniors, afirmou que o atacante Esteban Fuertes, do Colón, se referiu a ele como "negro de m..." e "morto de fome". Bonilla chorou ao relatar o acontecido em entrevista para TV.
sábado, 17 de abril de 2010
Casos de Racismo no futebol
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