quarta-feira, 14 de abril de 2010

O que Thomas Jefferson tem a ver com sorvete de baunilha?


Sorvete

  • Existem diversas versões para a invenção do sorvete. A maioria dos historiadores acredita que ele foi criado na China, há mais de 3 mil anos. Nessa época, ele era uma pasta de leite de arroz misturado com neve e ficava parecido com uma raspadinha.
  • O sorvete fazia muito sucesso na Roma Antiga, mas era um privilégio dos mais ricos. O imperador Nero, por exemplo, mandava seus escravos buscar neve nas montanhas e voltar o mais rápido possível, para que ela não derretesse e desse tempo de misturá-la com mel e polpa de frutas.
  • Muitos chefes de Estado tinham verdadeira fixação por sorvetes. O rei Carlos I da Inglaterra, por exemplo, tinha uma receita de seu sorvete favorito guardada a sete chaves, que só foi revelada pelo cozinheiro do palácio com a morte do monarca. Ex-presidentes dos Estados Unidos também tinham suas receitas favoritas e exclusivas. Thomas Jefferson tinha sua própria no sabor baunilha, e George Washington teria pagado 200 dólares, o que na época era uma quantia considerável, por um sabor só dele.
  • A casquinha caiu no gosto popular em 1904, depois que um imigrante sírio, que participava de uma feira de alimentos na Louisiana, Estados Unidos, ficou sem pratos de papel. Para resolver o problema, ele serviu o sorvete em cones feitos de uma massa parecida com o waffle, chamada zalabia. Na mesma época, outros 50 vendedores afirmaram ser os inventores da casquinha pelo mesmo motivo. Uma outra versão, diz que o italiano Ítalo Marciony cansou de ver seus clientes quebrarem os copos de vidro em que servia o produto e optou pelo cone crocante.
  • No Brasil, ele chegou primeiro ao Rio de Janeiro, ainda na monarquia. No dia 23 de agosto de 1834, Lourenço Fallas inaugurou na corte duas casas que vendiam sorvetes e produtos gelados, uma no Largo do Passo e outra na Rua do Ouvidor. Para garantir que o produto não derretesse, comprou 217 toneladas de gelo de Boston, nos Estados Unidos, que foram trazidos para o Brasil por um navio. O gelo foi envolto em serragem e enterrado em buracos - com a técnica, durou 5 meses.
  • “Sorvetes - todos os dias às 15 horas, na Rua direita nº 14" - foi o anúncio colocado em 4 de janeiro de 1878 no jornal A Província de São Paulo por uma das primeiras sorveterias da capital paulista. Como ainda não existia uma maneira de conservar o sorvete gelado por muito tempo, ele deveria ser consumido logo após o preparo.
  • A Kibon chegou no Brasil no início dos anos 40. O primeiro picolé lançado pela empresa foi o "Eskibon", seguido pelo sucesso "Chicabon", em 1942.

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