sábado, 15 de maio de 2010

Crise: Servidores públicos ameaçam paralisar


Eles querem aumento previsto para maio. Prefeito sinaliza para conceder acréscimo, mas pode extrapolar gastos
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM), Nedilson Maciel, disse na manhã desta sexta-feira, 14, que caso o prefeito Mauro Berft (PMDB) não conceda o aumento aos servidores, previsto para este mês de maio, a categoria irá paralisar.

Nedilson informou que os servidores têm o direito a um aumento de 4,75%. Em conversações foi definido um acréscimo de 6%, o qual foi apresentado ao prefeito, que sinalizou para a concessão, sendo que tal aumento ocorreria em três parcelas: 2% em maio, 2% em junho e 2% em julho.

Levando-se em consideração que a folha de pagamento atual do funcionalismo municipal gira em torno de R$ 1.600.000,00 (um milhão e seiscentos mil reais), o acréscimo de 6% equivaleria a R$ 96.000 (noventa e seis mil reais) mensais, aproximadamente.

Entretanto, o gasto com a folha já está próximo do limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), 54% da arrecadação, e a concessão de aumento poderia extrapolar este índice, o que pode levar a Câmara Municipal a instaurar uma Comissão de Inquérito para analisar a situação.

Todavia, o SSPM afirma que as funções gratificadas concedidas a alguns funcionários de confiança estão causando os excessos e o corte das gratificações poderia dar suporte para a base, ou seja, os funcionários concursados. “Há cargos de confiança que recebem até 40% de gratificação”, diz.

“Caso o aumento não seja concedido, nós vamos recorrer a Justiça Comum e iremos paralisar as atividades“, alerta Nedilson. “Manteremos apenas 30% do serviço público funcionando, hospitais e coleta de lixo, que são serviços essenciais para a população”, garantiu.

Fonte:Alexandre Rolin (Parecis.net)

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